A notícia caiu que nem uma bomba e pasmou todos aqueles ligados ao basquetebol em cadeira de rodas, a par da importância do trabalho desenvolvido por João Correia na APD Braga, que culminou com a conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, títulos inéditos no currículo dos minhotos.
O agora ex-dirigente "bateu com a porta", mas as razões da decisão continuavam à mercê da especulação, suscitando notícias como a avançada pelo Minho Jornal, onde se atribuía à sua saída o chumbo da aprovação do contrato-programa de apoio à APD Braga pelo executivo socialista.
João
Correia revela que tem recebido ameaças anónimas e frisa que a opção "nada
tem a ver com política", mas antes com a postura da líder da APD Braga,
que acusa de não ter "a coragem de confrontar o edil" e desmentir uma
notícia, em que a Câmara Municipal de Braga afirmava "clara e
inequivocamente" que concedia apoios ao basquetebol em cadeira de rodas da
associação, “sempre que estes eram solicitados”.
João
relembra que, em toda a história da APD Braga, o único incentivo financeiro
prestado via Câmara Municipal de Braga surgiu através de um "subsídio", cifrando-se este apoio em 500 euros. Além de que as
verbas prometidas no âmbito do Torneio Ibérico de Basquetebol em cadeira de
rodas, realizado no início da época 2012/2013, continuam em falta.
No ano em
que foi concedido este “subsidio”, a APD Braga pagou mais de 5.200€ com
alugueres de um Pavilhão Municipal.
“É
caricato, mas uma instituição sem fins lucrativos pagava tanto de aluguer por
um espaço desportivo municipal como o Sporting Clube de Braga paga ao edil
para utilizar o Estádio Municipal, mais conhecido como Estádio Axa”.
O
ex-atleta tirsense e obreiro essencial do projeto APD Braga explicita que a não
reposição da verdade podia transparecer a imagem errada para a sociedade civil
e entidades parceiras, uma vez que várias vezes a associação expressou o seu
desapontamento perante o desinteresse dos responsáveis políticos do município e
a recusa de prestar algum estímulo financeiro à APD Braga.
João Correia
agradece o trabalho de todos aqueles que, de forma voluntária, contribuíram para que o projeto tivesse a projeção conhecida.
“Saio de
cabeça bem levantada e de consciência tranquila. Confesso que virar as costas a
este projeto não foi fácil, porém orgulho-me de seguir fiel aos meus princípios.
Valores que prezo e não abdico, independentemente das pressões externas”,
remata.
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