domingo, 14 de julho de 2013

BCR: João Correia esclarece motivos da saída da APD Braga


A notícia caiu que nem uma bomba e pasmou todos aqueles ligados ao basquetebol em cadeira de rodas, a par da importância do trabalho desenvolvido por João Correia na APD Braga, que culminou com a conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, títulos inéditos no currículo dos minhotos. 

O agora ex-dirigente "bateu com a porta", mas as razões da decisão continuavam à mercê da especulação, suscitando notícias como a avançada pelo Minho Jornal, onde se atribuía à sua saída o chumbo da aprovação do contrato-programa de apoio à APD Braga pelo executivo socialista.

João Correia revela que tem recebido ameaças anónimas e frisa que a opção "nada tem a ver com política", mas antes com a postura da líder da APD Braga, que acusa de não ter "a coragem de confrontar o edil" e desmentir uma notícia, em que a Câmara Municipal de Braga afirmava "clara e inequivocamente" que concedia apoios ao basquetebol em cadeira de rodas da associação, “sempre que estes eram solicitados”.  

João relembra que, em toda a história da APD Braga, o único incentivo financeiro prestado via Câmara Municipal de Braga surgiu através de um "subsídio", cifrando-se este apoio em 500 euros. Além de que as verbas prometidas no âmbito do Torneio Ibérico de Basquetebol em cadeira de rodas, realizado no início da época 2012/2013, continuam em falta. 

No ano em que foi concedido este “subsidio”, a APD Braga pagou mais de 5.200€ com alugueres de um Pavilhão Municipal.

“É caricato, mas uma instituição sem fins lucrativos pagava tanto de aluguer por um espaço desportivo municipal como o Sporting Clube de Braga paga ao edil para utilizar o Estádio Municipal, mais conhecido como Estádio Axa”.

O ex-atleta tirsense e obreiro essencial do projeto APD Braga explicita que a não reposição da verdade podia transparecer a imagem errada para a sociedade civil e entidades parceiras, uma vez que várias vezes a associação expressou o seu desapontamento perante o desinteresse dos responsáveis políticos do município e a recusa de prestar algum estímulo financeiro à APD Braga. 

João Correia agradece o trabalho de todos aqueles que, de forma voluntária, contribuíram para que o projeto tivesse a projeção conhecida.

“Saio de cabeça bem levantada e de consciência tranquila. Confesso que virar as costas a este projeto não foi fácil, porém orgulho-me de seguir fiel aos meus princípios. Valores que prezo e não abdico, independentemente das pressões externas”, remata. 

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