Foto: Flickr/jonanamari |
Quarto dia do certame, quatro vitórias para a Austrália. É
difícil encontrar adjectivos para descrever a postura dos campeões olímpicos
nestes Jogos, sem dúvida no bom caminho na luta pela revalidação do título.
Pela frente, os rollers tiveram como adversário os EUA e o maior teste até
então às suas competências.
Com Eveson, Norris, Hartnett, Ness e Blair de início, um
cinco a que se mantém fiel o treinador Ben Ettridge, a Austrália teve que jogar
ao seu melhor nível para levar de vencida os norte-americanos que, ainda de
orgulho ferido depois da derrota inaugural frente à Turquia, equilibraram o 1º
quarto com mais crer do que saber. O base Jason Nelms (8 pts, 1 ressalto), com
4 pts, e o poste Joshua Turek dando um contributo de 5 pts, permitiram aos EUA
espelhar, no marcador, uma proximidade (13-12) que, na realidade, não existiu.
Alentados pelo resultado, os norte-americanos encararam o 2º
período de forma determinada e viraram o encontro várias vezes a seu favor, mas
Tristan Knowles (11 pts, 5 ressaltos e 1 roubo de bola), Justin Eveson (15 pts,
16 ressaltos, 9 assistências), Shaun Norris (16 pts, 5 ressaltos e 4
assistências) e Bradley Ness (13 pts, 2 ressaltos, 1 assistência e 1 roubo de
bola) estavam de pontaria afinada – só o primeiro teve uma % de lançamento
abaixo dos 50% - e rapidamente embargaram a esperança dos rivais, construindo
uma vantagem para o aussies de 7 pontos. O placar marcava 27-20 ao intervalo.
Após o descanso, a resistência americana dissipou-se e o
treinador Jim Glatch, plácido no banco como se a cura para os males da equipa
estivesse ao virar da esquina, não descobria o antídoto na defesa, já que os
jogadores interiores australianos representavam o mesmo perigo dentro e fora da
área restritiva. Joseph Chambers (6 pts, 2 ressaltos e 1 assistência), o
imponente poste norte-americano, ia adiando o inevitável e somava 4 pontos à
contagem. No entanto, a superioridade pontual dos australianos dilatou-se e, à
entrada do último período, a diferença entre os conjuntos era de 12 pontos.
A história do jogo já estava escrita, o dia não era dos
americanos. Contudo, a derrota é um pensamento proibitivo na cabeça de qualquer
treinador e causou estranheza o 5 colocado em campo pelo técnico Jim Glatch, ao
longo do 4º parcial, ao prescindir de todos os jogadores interiores sem razão
aparente. A consequência não foi menos catastrófica do que nos outros períodos
e quando soou o apito final, a distância pontual para a Austrália era de 16
pontos – 65-49.
Outros jogos
O conto de fadas espanhol continua. Desta vez, os comandados
de Oscar Trigo bateram a Turquia por 67-64 num jogo emotivo e de nervos
aflorados. Patrick Anderson voltou a ser gigante na vitória canadiana diante da
Alemanha (73-66) e a Grã-Bretanha arrecadou o segundo triunfo por números
expressivos frente à Polónia – 87-58. Alemanha, Canadá, Polónia, Austrália,
EUA, Espanha e Turquia estão apurados para os quartos-de-final; Japão e
Grã-Bretanha discutem a última vaga amanhã, ainda que a derrota possa servir
aos anfitriões.
No torneio feminino, estão já encontradas as 8 equipas que
irão disputar os quartos-de-final. São elas Austrália, Holanda, Canadá, Grã
Bretanha, Alemanha, EUA, China e México. De fora, ficam França e Brasil. No dia
4 da competição, a Austrália venceu a Holanda por 58-49, o México assegurou a
passagem batendo a França (50-42), enquanto as alemãs são a única equipa invicta
depois de hoje terem superado a China por 56-50.
Jogos em destaque no
dia 5
Masculino
Espanha-EUA – 21:15
Japão-Grã-Bretanha – 15:15
Feminino
EUA-China – 13:00
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