sábado, 1 de setembro de 2012

Show de Anderson arrasa britânicos; germânicas vencem as campeãs em título


Foto: International Paralympic Committee
Uma nota a reter deste 2º dia de competição em Londres: Patrick Anderson está num nível estratosférico. Na sua quarta participação em Jogos Paralímpicos, o craque canadiano demonstra que a idade não passa por ele e com tamanhas prestações nem o excesso de veterania da equipa parece ser obstáculo para a chegada às medalhas. 

Frente a uma Grã-Bretanha disposta a redimir-se do desaire na ronda inaugural, os canadianos entraram determinados, montando uma defesa pressionante a todo o campo, mas os anfitriões castigaram a ousadia forasteira concretizando jogadas de ataque rápido com Simon Munn em bom plano ao anotar 5 dos seus 7 pontos. A réplica  dos europeus foi sol de pouca dura. 

Ao contrário do que sucedera contra a Alemanha, faltou estro e serenidade a Terry Bywater no ataque ao cesto, não sendo por isso uma surpresa os escassos 3 pontos alcançados pelo extremo dos Sheffield Steelers. Já Jon Pollock (8 pts, 4 ressaltos e 4 ast) -  que se descreveu em entrevista ao "Telegraph" como um rotweiller zangado, dentro de campo - não "mordeu" tanto quanto a plateia do North Greenwich Arena desejaria, o que se reflectiu, muitas vezes, no desnorte dos seus companheiros. Ainda assim, foi JP quem mais remou no 2º tempo para a reviravolta ao concretizar 2 lançamentos triplos, a sua arma predilecta, e um de dois pontos, colocando os britânicos a 7 – 29-34 ao intervalo.

Só que o dia era de Patrick Anderson. Quebrando o momentum do adversário, Anderson exibiu-se de forma sublime, indiferente à hostilidade do público, justificando o rótulo de lenda com assistências primorosas, dribles que desafiam os cânones, lançamentos de sucesso improvável e sobretudo um crer inexorável em perseguir a vitória. Resultado: 29 pontos, 14 ressaltos, 10 assistências e 3 roubos de bola. E nada mais há a dizer. Neste jogo, coexistiram dois espectáculos: o de Patrick Anderson e o dos seus colegas de ofício. Também é assim na modalidade. Há uma era antes e depois de Anderson.



Foto: International Paralympic Committee
Na competição feminina, a Alemanha pôs fim ao registo imaculado das norte-americanas que não perdiam desde Atenas 2004, num jogo em que o equilíbrio foi uma constante.

Após um começo titubeante de ambos os conjuntos, finalistas em 2008, a Alemanha tomou as rédeas, aproveitando os espaços concedidos pelas americanas que forçavam a recuperação de bola através de pressão a campo inteiro. A base Annika Zeyen (11 pts, 3 ressaltos, 6 ast e 1 roubo de bola) e Edina Mueller (10 pts, 3 ressaltos, 1 ast e 1 roubo de bola) foram as que melhor capitalizaram os deslizes defensivos das actuais detentoras do título.

Do lado americano, Rebbeca Murray (10 pts, 5 ressaltos, 7 assistências e 1 roubo de bola), no tiro exterior, e Desi Miller (12 pts, 7 ressaltos, 1 ast e 1 roubo de bola), na área pintada, contestavam o ascendente bávaro. No final do 1º período, o marcador assinalava 17-13 favorável à Alemanha.

A agressividade defensiva viria a ser decisiva ao longo encontro e deu frutos para as germânicas, no 2º parcial, que obrigaram a selecção americana a esgotar os 24 segundos sem conseguirem armar o lançamento. Ainda assim, o período foi ganho pelos EUA que lograram o empate – 23-23. A liderança mudou de mãos 7 vezes na segunda parte até que a capitã Marina Mohnen desequilibrou a contenda, pois, só no último quarto, marcou 9 dos seus 15 pontos.

Outros jogos


A Espanha prossegue a boa campanha, tendo derrotado a África do Sul por 74-50. No Itália-EUA, a vitória sorriu aos americanos – 77-51, enquanto a Austrália suou para bater a Turquia por 71-64. No lado feminino, a Austrália venceu a Grã-Bretanha (51-24) e o Canadá foi superado pela Holanda – 59-70.

Jogos em destaque no dia 3:

Masculino

Austrália-Espanha
Turquia-Itália

Feminino

Canadá-Austrália

Sem comentários:

Enviar um comentário